Uma das doenças oculares mais populares é o estrabismo que, na linguagem popular, é conhecido por um termo relativamente pejorativo: a vesgueira. Contudo, o que muitos não sabem é que existe um ótimo tratamento: a cirurgia de estrabismo. Imagine só como é difícil para uma criança crescer sendo vítima de bullying por uma condição biológica. Ainda, mais que isso, ela também pode resultar em problemas oculares, como a visão dupla.
Diante dos problemas psicológicos e biológicos envolvidos, precisamos falar sobre os diferentes tipos de tratamentos. Hoje, vamos entender melhor sobre o procedimento cirúrgico para correção de estrabismo.
Entenda o que é estrabismo
Para que nossos olhos fiquem parados ou se movam, existe uma combinação de movimentos realizados pelos chamados músculos oculares. São eles os grandes responsáveis por toda a movimentação.
Entretanto, caso haja alguma disfunção muscular, o globo ocular pode sofrer algum tipo de desvio. Tal desvio pode ser uni ou bilateral, além de apresentar a possibilidade de regressão. Nos mais velhos, corre-se o risco de que a pessoa desenvolva até uma visão dupla. Já nas crianças, o cérebro tenta “desligar o olho preguiçoso”, para evitar problemas visuais.
Veja como é feito o diagnóstico e o tratamento
De certa forma, não é difícil realizar o diagnóstico. O oftalmologista vai avaliar se existe algum desvio evidente e se os olhos se movem juntos ou não. A partir daí, é hora de pensar no tratamento — que pode ser conservador ou não. No primeiro caso, podem ser indicados óculos, lentes ou o famoso tampão, que vai obrigar o “olho preguiçoso” a se desenvolver.
Quando essas medidas não acarretam bons resultados, é hora de considerar a cirurgia. Quando feita nos mais novos, existe um menor risco de desenvolver a visão dupla, além de solucionar questões estéticas. Já nos mais velhos, talvez o benefício para a visão seja diminuído, mas o psicossocial deve ser considerado.
Descubra qual a cirurgia de estrabismo
Por fim, chegamos ao grande momento: a cirurgia de estrabismo. Basicamente, o médico fará uma pequena incisão que dá acesso aos músculos oculares. Assim, ele vai poder afrouxar ou apertar a musculatura envolvida — dependendo de cada caso. Não se preocupe: o globo ocular não é retirado na cirurgia. O grande objetivo é reposicionar os olhos e, assim, corrigir o desvio. Em seguida, o paciente é orientado sobre os cuidados necessários no pós-operatório.
De fato, pode ser indicado o uso de óculos ou mesmo de tampão por determinado período. Além disso, deve ser avaliado o uso de colírios. De toda forma, os riscos envolvidos são comuns a qualquer tipo de cirurgia, como infecções, hematomas e abrasão da córnea.
De modo geral, a cirurgia de estrabismo é uma excelente opção para corrigir o desvio ocular. Geralmente, os resultados são definitivos, ou seja, em poucos casos é necessária uma nova abordagem. Vale lembrar de que, independentemente da faixa etária, é um procedimento que leva a diversos benefícios, sobretudo em relação à autoestima e ao melhor desempenho visual. Então, consulte sempre um médico para avaliar a possibilidade!
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