Estrabismo e síndrome de down: quais são os cuidados necessários?

A Síndrome de Down é a malformação mais frequente, resultado da trissomia do cromossomo 21. Isso significa que um erro na divisão celular gera como consequência a presença de três cromossomos 21, em vez de dois. Como toda síndrome, ela é caracteriza por uma série de sinais e sintomas.

Vamos abordar quais estão associados com a visão e que podem retratar alguma doença. As principais são: fenda palpebral oblíqua, epicanto, astigmatismo, estrabismo, dentre outras. No caso do estrabismo, estudos revelam que ele acomete de 23 a 44% das crianças com Síndrome de Down.

Pensando nisso, quais os cuidados essenciais no âmbito do estrabismo e Síndrome de Down? Veja a seguir!

Entenda o que é estrabismo

Antes de tudo, vamos explicar o que é o estrabismo. Essa patologia ocular figura como a falta de alinhamento dos globos oculares. Sendo assim, eles não ficam paralelos e centrais, apresentando algum desvio. No geral, acomete cerca de 3% das crianças, mas como já visto, há maior prevalência naquelas com Síndrome de Down, por esse ser um fator de risco.

A grande preocupação é justificada pela grande chance de causar ambliopia. Nesse caso, o paciente estrábico apresenta uma redução visual, pois o córtex visual passou muito tempo tentando suprimir os erros de refração consequentes do desvio ocular.

Saiba quais cuidados essenciais

Agora que você sabe o que é a condição, veja quais cuidados para o manejo!

Atenção aos sintomas

Como dito, os desvios oculares são bem característicos do estrabismo. Nesse caso, é preciso ter atenção com alguns deles:

  • esotropia: desvio do olho para região medial;
  • exotropia: desvio do olho para região lateral;
  • hipertropia: desvio do olho para região superior;
  • hipotropia: desvio do olho para região inferior.

Além disso, outros sinais podem ser observados, como o torcicolo. Nesse caso, o movimento do pescoço tenta compensar a dificuldade que o cérebro apresenta em unir as imagens dos dois olhos, visto que estão desalinhados. Reforçamos que a perda da acuidade visual pode ser uma consequência, pois o córtex cerebral tenta evitar a visão dupla suprimindo aquilo que é gerado como imagem a partir do desvio.

Acompanhamento com profissional

Conhecendo os sinais do estrabismo, é necessário a busca por um profissional especializado, a fim de logo começar o tratamento e minimizar o risco de desenvolver alguma complicação. Contudo, nem sempre os sinais são evidentes, de modo que a conduta de correção seja adotada em tempo hábil. Portanto, considerando o risco maior para crianças com Síndrome de Down, é essencial que elas realizem acompanhamento oftalmológico.

Realização de exames 

A partir do momento que um especialista é consultado, é possível realizar exames para triagem e diagnóstico de estrabismo. Um simples exame clínico pode sugerir a presença do desvio, como o teste da acuidade visual, o teste de reflexo luminoso e o teste do tampão alternado.

Assim, é avaliada a capacidade de formação da imagem, a reatividade da pupila e também como está a movimentação ocular ao tentar fixar o olhar em determinado objeto. Além dos testes citados, é importante realizar o exame com lâmpada de fenda, a fundoscopia e o exame neurológico para uma avaliação mais completa.

Como dito, a relação entre estrabismo e Síndrome de Down é mais acentuada, quando comparada com crianças que não apresentam o fator de risco genético. Na verdade, não só o estrabismo, mas uma série de manifestações oculares são mais frequentes na síndrome em questão. Sendo assim, é indispensável o acompanhamento pelo oftalmologista, que realizará a avaliação periódica capaz de detectar precocemente alguma alteração.

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